segunda-feira, 7 de março de 2011

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Achava-me uma pessoa simples, hoje acho-me uma pessoa complicada.
Achava-me corajosa, hoje tenho medos e receios que nem eu própria sei onde vou buscar.
Pensava ser carinhosa e doce, hoje sou muitas vezes relativamente distante, embora não o queira ser. Um bocadinho fria talvez.
Não mudei assim tanto. Penso eu. Mas mudei o olhar que tinha sobre mim própria. O poder do nosso olhar sobre nós mesmos, bem como o poder da mente são incrivelmente importantes.
Sou difícil talvez. Pelo menos é difícil chegar a mim. Não gosto nem desgosto de ser assim. Sou assim e pronto. Quando acho que não estou bem em alguma coisa, tento mudar. Vou procurando ser um bocadinho melhor, mais simples, mais doce, mais próxima.
Vou olhando para a minha gata. Talvez me assemelhe em muita coisa a ela: na distância, de certa forma na "altivez", no facto de ser muito "senhora do meu nariz", na preguiça. Mas ela é muito doce muitas vezes e é simples da maneira dela. É mimosa. Os animais podem-nos ensinar tanto sobre a vida, o modo de estar nela. Gosto de olhar para ela, gosto de sentir, por outro lado, a expansividade do meu cão quando chego a casa. Os animais conseguem preencher-nos tanto a alma quando mais precisamos, conseguem tanto demonstrar-nos como gostam de nós, como somos importantes. Há dias em que precisamos disso.

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