Devaneio

No início da pós-graduação cada um de nós teve oportunidade de pensar se gostaria de morrer repentinamente, de uma forma aguda, ou se, por outro lado, preferia morrer de um modo lento, de uma forma mais prolongada, derivada de uma doença crónica.

Grande parte de nós preferia a primeira versão, a morte repentina, rápida e, na nossa cabeça, mais indolor.

Hoje vejo de um modo diferente. Se é que me será algum dia permitido escolher, o que não me parece, gostaria de me ir embora de uma forma mais lenta, mais programada, gostaria de distribuir beijos e abraços, palavras de carinho, gostaria de aproveitar o meu último tempo da melhor forma. Gostaria de ser acompanhada nestes tempos finais e de ainda ter oportunidades para aproveitar as maravilhas da vida.

Talvez seja apenas um devaneio de momento.
Quem sabe.